Como é que a pandemia afetou o setor imobiliário em 2021?
De todos os mercados, um dos setores que mais tem respondido positivamente à pandemia do Covid-19 é o Imobiliário. Com a pandemia em pleno vigor em 2021, o segmento dos imóveis manteve-se dinâmico durante o primeiro semestre do ano e os preços continuaram a subir, embora a um ritmo reduzido. No Algarve, por exemplo, registou-se um aumento no número de transações de habitação, em todos os segmentos imobiliários. Foi registado um aumento de 26,8% nos primeiros três trimestres de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior, com preços a subir no período que antecedeu 2022.
De acordo com a informação apresentada pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), no terceiro trimestre de 2021, os preços dos imóveis subiram 5,46% em relação ao ano anterior e 2,85% em termos trimestrais no mesmo período. Em outubro de 2021, os imóveis residenciais em Lisboa estavam listados online por um preço médio de venda de 583.636€ – um aumento de 5,9% em relação ao ano anterior e mais 70.000€ do que a segunda região mais cara de Portugal, Faro.
O INE informou ainda que nos primeiros três trimestres do ano passado, foram emitidas 21.230 licenças para a construção de habitação individual em Portugal. Isso representou um aumento de 15,3% em comparação aos 2,6% do ano anterior.
Um bom período para investidores
As taxas de juro em 2021 atingiram o menor nível histórico, proporcionando condições favoráveis a quem contrai empréstimos. De acordo com os principais profissionais do ramo imobiliário, de todas as transações registadas durante o ano, os portugueses representaram 60%. Os restantes 40% vieram predominantemente da Inglaterra, América do Norte, França, Espanha e Brasil.
No final de 2021, os preços das casas no Algarve e no Norte estavam mais de 40% acima do pico anterior. No entanto, isso não tem sido motivo para desânimo para os compradores estrangeiros, que consideram os imóveis portugueses com um valor surpreendentemente bom, quando comparados aos benefícios óbvios como o estilo de vida, as praias do Mediterrâneo, o sol esplêndido e os resorts de golfe, para nomear alguns. O facto de não existirem restrições à propriedade de imóveis para estrangeiros em Portugal, e dos custos de aquisição serem bastante razoáveis, são mais dois fatores que contribuem para o entusiasmo do comprador estrangeiro.
Outro fator que contribui para o aumento de investidores estrangeiros, que procuram comprar em Portugal, é a nova tendência do teletrabalho – provocada pela pandemia. Se podemos trabalhar a partir de qualquer local remoto, por que não fazê-lo num lugar onde o clima e o estilo de vida ajudam a tornar o seu tempo de trabalho mais agradável?
Recorde-se também que os cidadãos não comunitários que comprem um valor mínimo de 500.000€ em Imóveis em Portugal recebem uma autorização de residência de 5 anos que lhes permite trabalhar ou estudar em Portugal e viajar para os países Schengen. Após cinco anos, podem solicitar a residência permanente e aproveitar ao máximo esses benefícios de forma permanente.Tendo em conta todos estes incríveis benefícios, é natural que Portugal continue a ser uma opção muito atrativa para os investidores estrangeiros – em particular, o Algarve. Quer seja uma propriedade para alugar, uma casa de férias ou para morar permanentemente, o nosso clima ensolarado do Sul parece ter uma perspetiva financeira muito atrativa. Portanto, não é de admirar que o portfólio da Your Luxury Property continue a apresentar uma vasta gama de propriedades muito atraentes para atender a todos os tipos de requisitos de investimento – com a nossa equipa de especialistas à disposição para informar de todos os pormenores.
Alterações ao Programa Golden Visa – Como é que isso afetou o mercado?
As alterações ao programa Golden Visa que entraram em vigor em janeiro de 2022 pressionaram as vendas internacionais e diversificaram as nacionalidades ativas em Portugal. As novas regras são um pouco menos atraentes em comparação com as anteriores e colocam algumas limitações sobre o que pode e não pode ser feito. Por exemplo, cidades populares como Lisboa, Porto e Setúbal, entre várias outras, deixarão de ser uma opção para investidores internacionais que procuram comprar novos imóveis residenciais ou investir em projetos de renovação. Outra alteração a salientar é que embora o valor mínimo de investimento exigido se mantenha em 500.000€ para novas construções ou 350.000€ para remodelações de edifícios antigos, os valores mínimos de investimento exigidos em Portugal aumentaram para as seguintes opções de investimento:
– Fundos de investimento: 2021 = 350.000€; 2022 = € 500.000
– Projetos de investigação: 2021 = 350.000€; 2022 = € 500.000
– Empresas registadas em Portugal: 2021 = 350.000€; 2022 = € 500.000
– Depósitos bancários a prazo: 2021 = 1 milhão de euros; 2022 = € 1,5 milhão
Devido a estas alterações, registou-se no ano passado um aumento significativo do investimento no setor imobiliário residencial em Portugal. Muitos investidores quiseram aproveitar as melhores condições, antes de as novas regras entrarem em vigor em janeiro de 2022. Consequentemente, Portugal recebeu uma injeção de dinheiro muito bem-vinda, que ajudou a economia num tempo de incerteza.
Perspetivas para o mercado imobiliário em 2022
As projeções para 2022 são muito positivas com a manutenção do crescimento previsto por muitos especialistas. Neste primeiro trimestre de 2022, já podemos ver um nível de atividade maior do que no mesmo período pré-Covid no final de 2019 – quando o mercado estava mais ativo.
A previsão da Comissão Europeia é que a economia nacional apresentará um crescimento de 5,3% em 2022, fruto do lançamento das exportações de bens e serviços (incluindo turismo), bem como da flexibilização das restrições relacionadas com a Covid-19.
É claro que existem prós e contras em qualquer situação que devem ser considerados ao fazer uma avaliação geral do que está para vir. Neste caso, podemos dizer que ainda existe uma procura sólida de imóveis em Portugal. As rendas continuam a subir, o que oferece um bom retorno de investimento para potenciais investidores. Há também, como mencionado anteriormente, um aumento de novos projetos – outro aspeto positivo a ser aguardado. Em contraste, devemos também considerar que ainda existe um alto nível de liquidez para investir no mercado imobiliário – tanto no desenvolvimento de projetos como na aquisição de propriedades para investimento. Dito isto, existe ainda um grande potencial no mercado imobiliário com muitas áreas já a serem exploradas (ex. residências de 3ª idade e habitação social) e outras a surgir – como residências para estudantes e logística.
Assim, em resumo, é seguro dizer que o mercado imobiliário não sofreu efeitos prejudiciais significativos em decorrência da pandemia. Pelo contrário, este prosperou de várias formas e está em alta neste momento. O futuro parece bastante positivo para o mercado imobiliário no Algarve, com muitas grandes oportunidades a serem exploradas. Venha dar uma vista de olhos – quando o fizer, nunca mais vai olhar para trás!